2 de junho de 2012

E sonhou com o paraíso...



   Era como um pesadelo. Daqueles em que você só carrega consigo seu coração e um pedaço da sua alma desmoronada e só... Caminha. Ela caminhava pelas trilhas desertas cheias de falsas esperanças e sonhos perdidos. Onde ela estava ninguém sabia responder. Talvez em algum lugar profundo e inteiramente sombrio de sua mente. Algum lugar que só ela era capaz de andar sem rumo... Sozinha. Nada mais importava e restava.
   Confesso que não é muito fácil descrever todo este complexo estado mais ou menos melancólico e que fazia parte e consequência de seus erros. Ela não saberia muito bem dizer o que estava acontecendo, só se encontrava totalmente perdida. E temia. Chovia o tempo todo, as noites continuavam turbulentas e a vida se tornava pesada. E ela apenas fechava os olhos pra sonhar, tentando encontrar um paraíso distante...
   Mas de repente, num dia qualquer, o pesadelo que vivia foi sumindo aos poucos, como se um grande teatro de fantasia e horror finalmente acabasse.  Seus olhos sempre distantes, finalmente se focaram.  O preto e branco talvez não existisse mais e tudo foi capaz de ganhar cor.  A rosa que a pequena menina havia lhe entregado, vermelha e viva, era da cor do sangue que corria em suas veias. Era como se tivesse despertado de um sono profundo, percebendo que se encontrava viva. O paraíso que tanto esperava havia chegado e ela se encontrava enfim, sã e salva.

(Thais)

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