1 de julho de 2012

Onde está a esperança.

Não clamo versos quando estou em desespero, a caneta me falha à mão, me impedindo de escrever. Na maior parte do tempo, descanso nos cobertores que de tão macios incomodam minhas estimativas de como o tempo pode ser confortável e assustador ao mesmo tempo. Perigoso, e tende a ter menos piedade que os mais sujos patronos, decidindo para onde devemos caminhar com nossos relógios. Cronologicamente estou morrendo a cada milésimo que passa diante de meus olhos. Recordo-me bem dos tempos de infância, quando as pessoas partiam e eu esperançoso sonhava com sua volta. Nos dias de hoje isto não atinge meus sentimentos, ausência não dói mais. Tudo mudou quando disseram-me em linguagem de sinais, que a esperança esta apenas esperando minha morte, para poder descansar em paz.

Leandro