23 de outubro de 2011

Um verão...

                                                                                                                                                                                                   
   Depois de tanto tempo, ainda não me acostumei com despedidas. É incrível como as pessoas acabam saindo da sua vida. Por bem ou por mal, você se foi, mas ao contrário do que imaginei, meu coração ainda continua batendo. Não quero descartar ilusões, mas ainda é cedo de mais para amar. Despedidas geram choros e um infinito silêncio na madrugada.
  Tudo durou exatamente um verão e eu ainda guardo no fundo da gaveta, dentro de um caderno rabiscado,  a carta de papel amassado que nunca foi entregue. Aquela que explicava tudo.           
   No meu quarto escuro eu relembro todas as histórias que já passei. Todas as pessoas que já conheci. Não consigo descrevê-las, o papel continua em branco e as palavras saem embaraçadas. E quando minha cabeça dói, eu sei que o tempo está passando rápido demais. Eu só queria parar, descer um pouco desse carrossel que vive dando voltas, organizar os meus pensamentos, guardar os  sentimentos e gravar algumas memórias. Seria bom.
   O dia amanheceu, não quero acordar. Quero ficar nos meus sonhos, onde você está comigo. Onde não há despedidas. Mas a realidade os invade, e o despertador toca. Sou obrigada a acordar e esperar incansavelmente para que a noite chegue de novo e eu possa te abraçar nos meus sonhos.

(Thais)                                                                                                                                           

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