10 de julho de 2013

[...] Aquilo que não se explica.



   É sempre impassível começar, e quando se vê já esta totalmente envolvo na gama de sensações que causa o mais simples beijo e o mais fogoso afago. É difícil se apaixonar, mais difícil ainda se apaixonar de novo, e somar os medos, angustias, reflexões, neuras, loucuras com as de outra pessoa tendo como resultado os mais felizes momentos de êxtase.

   Que falemos do primeiro amor, ah o amor. Com cheiro de carro novo, único dono, aprendendo a olhar o mundo pela lente caleidoscópica da paixão e dando os primeiros passos rumo a glorificar quem se ama, cada movimento emocionalmente magico e aceito de bom grado até o primeiro tombo.

   Que despojemos do segundo tombo, o segundo amor. É de caso pensado, aberto e consciente, digamos que uma sensação muito mais filantrópica do que pessoal e vai direto ao ponto, afinal só se quer amar. Os amores seguintes derivam do segundo por ser inteligente e experiente, e se amou-se bem de primeira vez, escolherá a dedo quem amará a segunda, pois a dor do primeiro amor (eterna) nos faz recuar só de pensar em sangrar tudo outra vez. 

   Agora que não desistamos do amor, nem deixemos de acreditar nele. Se romeu não acreditasse no seu amor por julieta, Shakespeare não passaria de um dramaturgo de merda. A falta causa revolta, presença causa felicidade e a superdosagem é recomendadíssima por qualquer médico. 

   E se não amas, é porque não abriu os olhos pra melhor coisa que há nessa vida. Não percebeste ainda que para amar basta viver e deixar que se viva, nas suas mais infinitas formas até que do modo mais simples começará a se evolver nas sensações do mais puro e refinado beijo na testa. Porque para amar é necessario se doar de corpo e alma ao mesmo tempo aceitar em ti outro corpo e outra alma, porque o amor é...


Leandro.

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